sexta-feira, 12 de junho de 2009

Carta I *


Hoje volto a escrever-te, mesmo sabendo k estas palavras n irás ler. Encontras-te cada vez mais longe e provavelmente n te lembras mais de mim. Mas mesmo assim, continuo a escrever-te como se fosses ler quando chegasses a casa e encontrarias esta carta em cima da tua almofada. Nunca deixei de dizer-te o k acontece comigo desde o dia k a nossa amizade, aquilo k sempre existiu, teve o seu fim. Os nossos caminhos separaram-se e cada um seguiu o seu. Já passaram alguns meses desde então, confesso k acreditei k um dia pudesses voltar e perguntava a mim própria se seria capaz de receber-te de braços abertos, algumas vezes dizia k n, outras tantas vezes dizia k sim. Até k hoje, finalmente entendi o k se passou entre nós e percebi k n irias, nem irás voltar. Agora sei k a culpa foi minha e permite k te explique:

Quando te conheci, passei a acreditar k n podia mais viver sem ti. E hoje sei k isso n era verdade, mas eu acreditei k sim. Isso me tornou infeliz, porque convenci-me k n podia ser feliz sem ti. Decidi k n bastava ter a tua presença na minha vida, queria k estivesses nela numa determinada maneira, ou seja, passei a querer k fosses meu namorado, para k ficasses ligado a mim. Passei a imaginar k, para ser feliz, tinhas k ser meu durante o tempo todo! Até k dei por mim a dizer k, sem ti, eu morreria. O k queria dizer na verdade, é k uma grande parte de mim morreria se n estivesses na minha vida.

Foi qndo tudo aconteceu, para k essa parte de mim n morresse por ficar sem ti, matei uma grande parte de ti, matei o teu espírito e asfixiei-te com o meu amor e tu, tiveste k libertar-te para sobreviveres. Fugiste de mim até hoje, o k foi pena, porque acredito k gostavas bastante de mim, quem sabe, talvez pudesses me ter amado – mas n conseguiste satisfazer as minhas necessidades. Eu confundi o “amor” com “necessidade”. Nunca entendi k n necessito de nada externo a mim para ser feliz. É apenas uma ilusão acreditar k precisamos de algo externo a nós.

Para terminar, só quero dizer-te mais uma vez k te amo, n como uma necessidade, mas digo pela primeira vez a verdade sobre o k essas palavras sempre significaram para mim e nunca soube explicar. Ao contrário k possas acreditar, o mesmo k muitas pessoas acreditam, quando dizia-te “eu amo-te”, n significava k eu era tua, ou k tu eras meu, o tempo veio provar o contrário. Se assim fosse, em pouco tempo o significado dessas palavras iriam transformar em: “eu agora estou em divida para contigo, e tu estás em divida para comigo. Tenho a responsabilidade de te fazer feliz, e tu tens a mesma responsabilidade em relação a mim”. N era isso k significava para mim, quando por muitas vezes dizia “eu amo-te”, mas é isso k muitas pessoas querem k signifique e assim desejam constantemente ouvir essas palavras. Dizia para demonstrar-te o meu amor k sentia por ti, uma vez k esse e qualquer amor é impossível de quantificar. O amor n se raciona em diferentes porções. Apenas desejava ouvir de ti uma ultima vez k me amavas, nem k fosse uma única vez, mesmo sendo mentira, só para eu guardar o som da tua voz a dizer essa palavra…hoje ainda te amo…desculpa. Se tu voltasses, quem sabe tudo seria diferente…